Outra suspeita de fraude na compra de respiradores é presa no Rio
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RIO – Em outra etapa da Operação Mercadores del Caos, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio prenderam, na manhã de quarta-feira, o empresário Maurício Fontoura, controlador da empresa ARC Fontoura, por suspeita de fraude na venda de respiradores para o estado governo.
O empresário foi preso em sua casa, na paróquia, em Jaracarepaguá, na região oeste do Rio. No momento de sua prisão, Mauricio Fontoura alegou que a polícia estava com o Covid-19 e usava luvas e máscaras de proteção. Ele testemunhou na cidade policial e foi levado à delegacia de Fazendária, na Zona Norte. Ainda quarta-feira, ele deve ser enviado para Polinter.
O empresário é um dos investigados para formar parte de uma organização criminosa que buscava obter vantagens em contratos de emergência, sem licitação, para a aquisição do equipamento necessário para combater o novo coronavírus em hospitais estaduais.
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No total, o governo comprou 1.000 respiradores de três empresas diferentes. O ARC Fontoura vendeu 400 dispositivos, mas entregou apenas 52. No entanto, ventiladores mecânicos não são recomendados para o tratamento do Covid-19. O custo total da compra foi de R $ 183,5 milhões. O governo já pagou parte desse valor, mas tentará recuperar o dinheiro em juízo.
Na terça-feira, o governo cancelou contratos com as três empresas. Até o momento, houve 44 cancelamentos dos 66 contratos assinados durante a academia devido a supostas irregularidades.
Na competição, três empresas apresentaram propostas ao governo do estado. O ARC Fontoura ofereceu o preço mais baixo e venceu a disputa. No entanto, a investigação descobriu que todos eles são controlados por Mauricio Fontoura, embora ele seja sócio de apenas um deles, Jabel. Ele estava vestindo Cinthya Neumann, que também está presa, como uma laranja na ARC Fontoura. No entanto, todas as negociações com o Estado foram conduzidas pelo empresário, como representante oficial do vencedor.
Segundo a TV Globo, a mãe de Mauricio, Maria Fontoura, também aparece como parceira da empresa Jabel, outra empresa que apresentou uma proposta ao estado. Em uma entrevista na semana passada, ele disse que não tinha conhecimento de nenhuma negociação.
A terceira empresa é o Atacadão Farmacêutico. Na sede, no entanto, existe uma loja de materiais de construção.
Na ação, promotores e agentes da Coordenação de Segurança e Inteligência (CSI / MPRJ) em Piraí, município de Sul Fluminense, realizaram uma ordem de busca e apreensão em um dos endereços vinculados a Mauricio Fontoura. As ordens foram expedidas pelo 1º tribunal criminal especializado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O endereço de um empresário já havia sido objeto de uma ordem de busca e apreensão na semana passada.
Na semana passada, quatro pessoas foram presas na primeira fase da operação: Gabriell Neves, ex-subsecretário de saúde do estado, exonerado antes de sua prisão; Gustavo Borges, sucessor de Gabriell, que foi exonerado após a operação; Aurino Filho, proprietário da A2A, empresa de computadores que venceu um contrato para fornecer respiradores ao estado; e Cinthya Silva Neumann, sócio da ARC Fontoura.
Além da prisão dos investigados, o parlamentar solicitou a quebra de sigilo por telefone de outros investigados para descobrir se há outras pessoas por trás do golpe.
A ação foi apoiada pelo Grupo de Ação Especializada em Combate à Evasão Tributária e Atividades Ilícitas contra a Ordem Tributária (GAESF / MPRJ), agentes do CSI / MPRJ e DELFAZ. O processo é executado com confiança.
fonte: https://extra.globo.com/noticias/rio/mais-um-suspeito-de-fraude-na-compra-de-respiradores-preso-no-rio-24424274.html