Enfermeiras prestam homenagem em Brasília a colegas mortos por Covid-19 – Foto: Afonso Ferreira / G1
Enfermeiras e técnicos de enfermagem realizaram um ato nesta terça-feira (12), em frente ao Museu da República, na Esplanada dos Ministérios, em homenagem aos colegas que morreram pelo novo coronavírus. Nesta terça-feira também é comemorado o Dia Internacional da Enfermagem.
O evento foi organizado pelo Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF), pelo Sindicato dos Enfermeiros e Técnicos Auxiliares do DF (Sindate-DF) e pelos conselhos federais e regionais da categoria. Anteriormente, um ato organizado por outro grupo de profissionais era impedido pela Polícia Militar (veja abaixo).
Enfermeiras prestam homenagem em Brasília a colegas mortos por Covid-19
Os 100 profissionais usavam jalecos e placas brancas com os nomes de enfermeiras e técnicos de enfermagem Covid-19. Os profissionais também acenderam velas, simbolizando a vigília pelos mortos.
Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), até terça-feira à tarde, 109 profissionais da categoria perderam a vida devido ao coronavírus. G1, o presidente da entidade, Gilney Guerra, disse que essa categoria exige respeito e apreciação.
“A enfermagem desempenha um papel fundamental em nossa sociedade. No meio dessa pandemia, os profissionais estão na vanguarda da luta contra o coronavírus. ”
Veja imagens do evento nesta terça-feira:
Enfermeiras prestam homenagem em Brasília a colegas mortos por Covid-19 – Foto: Afonso Ferreira / G1
Enfermeiras prestam homenagem em Brasília a colegas mortos por Covid-19 – Foto: Afonso Ferreira / G1
Enfermeiras prestam homenagem em Brasília a colegas mortos por Covid-19 – Foto: Afonso Ferreira / G1
Enfermeiras prestam homenagem em Brasília a colegas mortos por Covid-19 – Foto: Afonso Ferreira / G1
Enfermeiras prestam homenagem em Brasília a colegas mortos por Covid-19 – Foto: Afonso Ferreira / G1
Demonstração interrompida
Na terça-feira de manhã, outro ato foi interrompido pela polícia militar na torre de TV. Usando máscaras e respeitando a distância social, um grupo inflou uma boneca representando um desenho animado do presidente Jair Bolsonaro (sem festa).
O primeiro-ministro estava em cena e, segundo os manifestantes, pediu que eles terminassem o ato. A justificativa era que o ato era contrário ao decreto de isolamento social do governador Ibaneis Rocha, que proíbe eventos de qualquer natureza que exijam licença do governo.
Boneca representando o presidente Jair Bolsonaro protestando na Torre de TV de Brasília – Foto: Brunna Palmer / Coleção Pessoal
No sábado (9), um protesto dos apoiadores de Bolsonaro passou sem incidentes. Na ocasião, o Ministério da Segurança Pública disse em nota que “fazer uma manifestação é um direito fundamental expresso no ponto XVI do artigo 5 da Constituição Federal”.
Questionado pelo relatório de terça-feira, o Ministério da Segurança Pública disse que “apenas uma diretriz foi dada em relação à multidão de pessoas”. Veja a nota completa:
“A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP / DF) informa que não houve solicitação de registro da manifestação de enfermeiros, para esta terça-feira (12/5), na Secretaria de Operações Integradas (SOPI), do SSP / DF.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) esclarece que não impediu a manifestação, mas apenas orientou a coleta de pessoas. No entanto, o boneco usado pelo grupo, obrigatoriamente, não pôde permanecer no local, pois os manifestantes não estavam autorizados a levantar a estrutura. Portanto, os manifestantes retiraram o boneco antes da chegada da equipe de inspeção legal do DF.
O SSP / DF, por meio do Centro de Operações Integradas de Brasília (CIOB), composto por 22 agências, instituições e órgãos governamentais, monitora eventos públicos de qualquer natureza, respeitando os limites constitucionais.
Além de ajudar a promover ações de Segurança Pública, o trabalho integrado das 22 organizações que compõem o Centro corrobora a mobilidade, inspeção e saúde da população do DF.
A manifestação é um direito fundamental expresso no ponto XVI do artigo 5 da Constituição Federal.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o direito de aglomeração difere do direito de manifestação, que é mesmo um direito fundamental preservado constitucionalmente, conforme explicado acima. ”
Violência
O vídeo mostra confusão com o manifestante vestido de verde e amarelo
Em 1º de maio, outro protesto dos profissionais de saúde terminou em violência em Brasília. O evento aconteceu na Praça dos Três Poderes e também foi em homenagem aos colegas mortos pelo coronavírus, mas as enfermeiras foram atacadas pelos apoiadores de Bolsonaro.
A pedido do Ministério Público, a Polícia Civil abriu uma investigação para investigar os assaltos. As vítimas já foram ouvidas e um dos agressores, identificado como Marluce Gomes, testemunhou nesta segunda-feira (11).
Outro atacante, Renan Sena, ainda não foi ouvido pela polícia. Na terça-feira, ele permaneceu na Praça dos Três Poderes, onde os ataques ocorreram.
fonte: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2020/05/12/enfermeiros-fazem-ato-em-brasilia-para-homenagear-colegas-mortos-pela-covid-19.ghtml